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Publicação de pesquisa do Instituto Prístino sobre o potencial de ocorrência de cavernas no Vale do Rio Peixe Bravo (MG) nos Anais da 35º CBE

Caverna da Limeira, localidade Pindaíba, Rio Pardo de Minas/MG

Os pesquisadores do Instituto Prístino apresentaram os resultados de uma pesquisa científica sobre o potencial de ocorrência de cavidades no Vale do Rio Peixe Bravo (norte de MG) no 35º Congresso Brasileiro de Espeleologia, realizado nos dias 19 a 22 de junho de 2019, em Bonito/MS. 

No trabalho, foram apresentados os elementos empíricos que fundamentaram a sugestão de se alterar o Mapa de Potencialidade de Ocorrência de Cavernas nas áreas que contém a litologia metadiamictito. Além disso, apresentaram os prejuízos sobre o uso de informações em escala inadequada para as análises do patrimônio espeleológico nos processos de licenciamento ambiental. Por fim, foi proposto que a referida litologia seja considerada como de potencial muito alto para a ocorrência de cavernas. Ao final do artigo, os pesquisadores apresentaram contribuições para o aprimoramento da gestão do patrimônio espeleológico.

O Instituto Prístino agradece a colaboração e empenho das comunidades rurais da região do Vale do Rio Peixe Bravo, e em particular, o colaborador e naturalista Nilson Ferreira.

O resumo do trabalho encontra-se abaixo e artigo acaba de ser publicado nos Anais do evento, e está disponível para leitura on line em http://www.cavernas.org.br/anais35cbe/35cbe_388-400.pdf, acesso em 06/11/2019. 

 

CONTRIBUIÇÃO PARA ATUALIZAÇÃO DO MAPA DE POTENCIALIDADE DE OCORRÊNCIA DE CAVERNAS: ESTUDO DE CASO DO VALE DO RIO PEIXE BRAVO, MINAS GERAIS, BRASIL

Felipe Fonseca do CARMO; Rogério TOBIAS JÚNIOR; Luciana Hiromi Yoshino KAMINO; Flávio Fonseca do CARMO

Resumo:

Atualmente, são conhecidas no Brasil aproximadamente 2.500 cavernas inseridas em litotipos ferruginosos. No Mapa de Potencialidade de Ocorrência de Cavernas no Brasil elaborado pelo CECAV, o ranking estabelecido se baseia em litotipos do Mapa Geológico do Brasil em escala de 1:2.500.000. Neste ranking, as Formações Ferríferas Bandadas apresentam um grau de potencialidade Muito Alto. Diante das limitações impostas pela escala do mapeamento, apresentamos uma contribuição para o refinamento do Mapa de Potencialidade, utilizando um estudo de caso da região do Vale do Rio Peixe Bravo, no norte de Minas Gerais. A região contém um relevante patrimônio espeleológico, inserido em litologias ferruginosas e é atualmente considerada de médio potencial de ocorrência de cavernas. Há 37 cavidades cadastradas no CANIE, além de outras dezenas que foram citadas em publicações, mas ainda não possuem cadastro formal. A maioria das cavidades estão associadas às formações ferríferas tipo Rapitan, especificamente os metadiamictitos ferruginosos, não citados entre os litotipos do Mapa de Potencialidade. A atualização deste mapa, tanto no aumento da escala quanto na inclusão de litotipos, se mostra urgente uma vez que desde o ano de 2017, o licenciamento ambiental no estado de Minas Gerais exige que qualquer empreendimento que formalizar um processo de licenciamento deve declarar se a atividade proposta estará abarcando Critérios Locacionais indicados pela Deliberação Normativa COPAM nº 217/2017. Dentre os critérios, a potencialidade Muito Alta e Alta de ocorrência de cavernas na área afetada é verificada. Com isso, a atual classificação do Vale do Rio Peixe Bravo pode gerar um processo de licenciamento inadequado à realidade regional e prejudicar a gestão e conservação das cavidades. Assim, apresentamos um refinamento com base em escala maior, sugerindo a atualização do Mapa de Potencialidade em determinadas formações geológicas do Vale do Rio Peixe Bravo para o grau Muito Alto.

 

Todos os trabalhos apresentados no Congresso e publicados nos anais podem ser baixados no endereço:

https://www.cavernas.org.br/anais_cbe/35o-congresso-brasileiro-de-espeleologia/

 Você pode conhecer melhor as litologias e a distribuição das cavernas já cadastradas no Vale do Rio Peixe Bravo por meio do Atlas Digital Geoambiental mantido pelo Instituto Prístino. Basta clicar no link:

http://institutopristino.org.br/atlas/municipios-de-minas-gerais/