Gostando ou não, você já deve ter ouvido falar de um fruto bem típico do cerrado: o pequi!
Muito conhecido por sua utilização na culinária, o que traz apaixonados por seu sabor mas também repele muita gente que não consegue nem sentir o cheiro, o pequi vem do pequizeiro (Caryocar brasiliense), uma árvore nativa desse bioma. No norte de Minas Gerais ela é tratada como um grande tesouro!
O pequizeiro pode chegar até a 12 metros de altura. A polinização de suas flores acontece apenas pelos morcegos! Então, mesmo se você tiver medo desse bicho, saiba que algumas espécies de morcegos são essenciais para a economia regional. Isso porque o pequi pode ser a principal fonte de renda de comerciantes e catadores de pequi, gerando até 80% da renda anual dessas pessoas. Os frutos aparecem na época chuvosa, entre outubro e fevereiro.
Essa fruta, tão utilizada na culinária das regiões de cerrado, é um verdadeiro “coringa”. Você pode comer crua, temperar farinha, produzir conserva com o caroço, entre diversos outros preparos. Ainda pode retirar o óleo do pequi, que é muito valioso entre as comunidades que usufruem do pequizeiro. Se quiser saber mais sobre como utilizar esse coringa do cerrado uma dica é o manual produzido pelo Instituto Sociedade, população e natureza e que está disponível no site da instituição: https://ispn.org.br/pequi-manual-tecnologico-de-aproveitamento-integral/
Mas o que pouca gente sabe é que dentro do pequi existe uma castanha muito saborosa e nutritiva! Extraí-la não é uma tarefa nada fácil, uma vez que existem milhares de pequenos espinhos entre a polpa e a castanha.
No vídeo abaixo, acompanhamos o nosso amigo e colega de trabalho do Instituto Prístino, Nilson Ferreira, que é morador de Nova Aurora, na região do Vale do Peixe Bravo, Minas Gerais. Ele mostra como retirar a castanha do pequi!
E lembre-se que a árvore do pequizeiro é protegida por lei no Estado de Minas Gerais (Lei 20308, DE 27/07/2012).
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