Os trabalhos que envolvem cartografia digital, geoprocessamento e sensoriamento remoto são rodeados de palavras e conceitos, que por vezes podem ser confundidos uns com os outros. A importância da correta utilização dos termos se dá principalmente na transmissão da mensagem para os usuários finais e também para solicitação de determinados serviços. Hoje vamos mostrar dois conceitos que por vezes causam dúvida: A digitalização e a vetorização.
Digitalizar
A digitalização, neste contexto, se dá na passagem de um material impresso para o meio digital. Isso é usualmente feito para trazer materiais inseridos em relatórios, estudos ambientais, entre outros, que normalmente não disponibilizam os arquivos espaciais em meio digital. Um exemplo, também, são as cartas topográficas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que durante muito tempo foram fornecidos na forma impressa (Figura 1). Atualmente a maior parte destas cartas topográficas do IBGE possuem suas informações convertidas em formato digital.
Figura 1 – Carta topográfica Caeté (SE-23-Z-C-VI-4) do IBGE e scanner que pode ser utilizado para enviar a carta em papel para o computador.
Vetorizar
A vetorização consiste em traçar as feições observadas em uma imagem. Este processo é utilizado para converter uma imagem em informações que podem ser exibidas em softwares SIG (Sistema de Informação Geográfica) de modo que o computador possa “entender” do que se trata a informação. A vetorização pode ser vista como uma cópia daquilo que está em uma imagem de forma simplificada. É como se colocássemos um papel por cima da figura com a cópia de todas as informações visíveis e que possam ser individualizadas. A partir disso é possível realizar, inclusive, análises e cálculos em cada uma das feições. A Figura 2 mostra uma imagem da carta topográfica e os vetores da hidrografia, vetorizados a partir dela.
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