27/07/2017
O Instituto Prístino em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais publicou um artigo que avalia estrutural e ambientalmente o rompimento da barragem do Fundão em Mariana – MG:
Resumo do artigo: Após o colapso da barragem do Fundão, 43 milhões de m3 de rejeitos de minério de ferro continuam causando danos ambientais, poluindo 668 km de cursos de água do rio Doce até o Oceano Atlântico. Os objetivos do estudo foram: caracterizar a Barragem de Rejeitos do Fundão e as falhas estruturais; melhorar a compreensão da escala do desastre; e avaliar o desastre tecnológico no contexto global. O colapso da Barragem de Fundão foi o maior desastre ambiental do setor minerário mundial, tanto em termos do volume de rejeitos despejados quanto da magnitude do dano. Mais de um ano após a tragédia, a Samarco ainda não realizou remoção, monitoramento ou descarte adequado dos rejeitos, contrariamente à premissa da remoção total de rejeitos de rios afetados propostos pelas agências reguladoras do país e à literatura mundial sobre gestão pós-desastre. Contrariamente às expectativas, houve um retrocesso no planejamento legal ambiental, como relaxamento da lei, redução de recursos para agências reguladoras e ausência de medidas efetivas para a recuperação ambiental. É urgente analisar a forma como a extração em larga escala de minerais é realizada, os padrões técnicos e ambientais envolvidos e a supervisão e monitoramento das estruturas associadas.
O Instituto espera contribuir com informações e discussões sobre o maior desastre da mineração brasileira.